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Prof. Rodrigo M. Nora
Massoterapeuta
Quiroprático
CRMASSO 110577


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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Massagem cardíaca pode salvar vidas



Como paradas cardíacas não escolhem hora nem lugar e, na maioria das vezes, ocorrem no ambiente doméstico ou em lugares públicos, é fundamental que todos saibam reconhecê-las e que estejam familiarizados com a técnica, inclusive as crianças.

As técnicas de massagem cardíaca para ressuscitação mudam sem parar. Mas, nem sempre foi assim.

Em 1960, Kouwenhoven, Jude e Knicherbocker propuseram pela primeira vez que compressões aplicadas contra a parede do tórax na área correspondente à metade da linha imaginária que liga um mamilo ao outro, seriam capazes de assegurar a circulação do sangue para o cérebro e para a musculatura do coração, nos casos de parada cardíaca. Em seguida, a respiração boca-boca foi incorporada às compressões como prática fundamental para manter a oxigenação dos tecidos. Naquele tempo, o ritmo proposto era de 5 para 2, isto é, 5 compressões do tórax intercaladas com 2 respirações boca-boca, técnica que permaneceu imutável por décadas.

Alguns anos atrás, os fisiologistas demonstraram que as compressões deveriam ser mais frequentes, e o ritmo de 5 para 2 foi modificado para 15 compressões seguidas de 2 respirações. Mais recentemente, várias associações de cardiologia decidiram recomendar que a técnica ideal deveria ser de 30 compressões para cada 2 respirações.

As novas diretrizes da Associação Americana do Coração datada de 2010, e o consenso internacional da ILCOR 2010, sendo um estudo que envolveu 356 especialistas em ressucitação de 29 países, que analisaram, discutiram e debateram a pesquisa em ressucitação.

O reconhecimento não é complicado, basta chamar a pessoa que desfaleceu. Se responder ou reagir, o coração não está parado. Na ausência de reação, a primeira providência de todas é chamar o Resgate Bombeiros (193) ou o SAMU (192), imediatamente, e partir para as compressões torácicas (massagem cardíaca), sendo um ritmo mínimo de 100 compressões por minuto fazendo uma pressão bem no centro do peito de no mínimo 5 cm. Segundo Edson Antocheki do corpo de bombeiros de Canoinhas, essas manobras se bem executadas que agora são bem mais descomplicadas, garantem um mínimo de fluxo sanguíneo vital ao coração e ao cérebro.

Desligado o telefone, as massagens devem ser iniciadas o mais depressa possível, e mantidas até que o resgate chegue. Jamais tente transportar por conta própria a pessoa que sofreu a parada, você estará carregando um cadáver.

E se o Resgate demorar? Prossiga com a massagem sem sair do lugar.

Na prática, a questão da respiração boca-boca sempre foi um obstáculo para o atendimento, porque não é uma manobra fácil, e muitos não têm coragem de executá-la em gente estranha.

Pesquisas recentes realizadas em porcos colocaram em dúvida a eficácia desse procedimento, por duas razões. Primeiro, porque a interrupção das compressões para insuflar o ar provoca diminuição da pressão de perfusão do sangue que vai para o miocárdio. Segundo, porque a pressão positiva do ar insuflado dificulta o retorno do sangue venoso para a circulação cardiopulmonar.

Pesquisadores americanos e suecos acabam de publicar no The New England Journal of Medicine dois estudos sobre essa questão.

No estudo americano, 1941 pacientes que sofreram parada cardíaca fora do ambiente hospitalar foram divididos em dois grupos: o primeiro recebeu apenas compressões torácicas; o segundo, 15 compressões intercaladas com 2 respirações. Levados para o hospital, sobreviveram 14,4% dos pacientes do primeiro grupo, contra 11,5% do segundo. A diferença não foi estatisticamente significante.

No estudo sueco, 1.276 pessoas em parada cardíaca foram divididas ao acaso nos mesmos grupos: compressões torácicas versus compressões torácicas intercaladas com respiração boca-boca. Depois de 30 dias, estavam vivos 8,7% no primeiro grupo e 7,0% no segundo, diferença insignificante.

No caso das paradas ocorridas como consequência de problemas cardiológicos, os que receberam apenas as compressões evoluíram um pouco melhor. Quando as paradas surgiram por complicações respiratórias aconteceu o oposto. No entanto, em ambas as condições as diferenças foram pequenas.

Se você encontrar na rua uma pessoa que teve um mal súbito e não esboça nenhuma reação quando estimulada, peça para alguém chamar o Resgate e inicie imediatamente as compressões torácicas com as duas mãos, uma colocada em cima da outra. Use o peso de seu corpo para ajudar as compressões.

Lembre-se sempre que um treinamento em primeiros socorros pode salvar muitas vidas inclusive a sua própria.


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