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Prof. Rodrigo M. Nora
Massoterapeuta
Quiroprático
CRMASSO 110577


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terça-feira, 7 de junho de 2011

Intolerância à lactose


O que você precisa saber sobre intolerância à lactose.

Sinônimos e nomes populares

Deficiência de Lactase; alergia ao leite.

Há pessoas que produzem pouco ou quase nada de lactase, enzima responsável pela digestão da lactose (açúcar do leite). Quando isso acontece há complicações com a dingestão de um volume maior de leite. Mesmo não sendo um quadro perigoso, os sintomas são desagradáveis. A produção da lactase diminui com a idade, por isso a intolerância a lactose é mais comum entre adolescentes e adultos do que em crianças.

O que é?

É a incapacidade de aproveitarmos a lactose, ingrediente característico do leite animal ou derivados (laticínios) que produz alterações abdominais, no mais das vezes, diarréia, que é mais evidente nas primeiras horas seguintes ao seu consumo.


Como se desenvolve?

Na superfície mucosa do intestino delgado há células que produzem, estocam e liberam uma enzima digestiva (fermento) chamada lactase, responsável pela digestão da lactose. Quando esta é mal absorvida passa a ser fermentada pela flora intestinal, produzindo gás e ácidos orgânicos, o que resulta na assim chamada diarréia osmótica, com grande perda intestinal dos líquidos orgânicos.

Existem pessoas que nascem sem a capacidade de produzir lactase e, enquanto bebês, sequer podem ser amamentados, pois surge implacável diarréia.

Por outro lado, em qualquer época da vida pode aparecer esta incapacidade de produção ou uma inibição temporária, por exemplo, na seqüência de uma toxinfecção alimentar que trouxe dano à mucosa intestinal. Igualmente, a dificuldade pode advir de lesões intestinais crônicas como nas doenças de Crohn e de Whipple, doença celíaca, giardíase, AIDS, desnutrição e também pelas retiradas cirúrgicas de longos trechos do intestino (síndrome do intestino curto).

A deficiência congênita é comum em prematuros nascidos com menos de trinta semanas de gravidez.

Nos recém-nascidos de gestações completas, os casos são raros e de caráter hereditário.

A concentração da lactase nas células intestinais é farta ao nascermos e vai decrescendo com a idade.

Nos EUA, um a cada quatro ou cinco adultos pode sofrer de algum grau de intolerância ao leite. Os descendentes brancos de europeus têm uma incidência menor de 25%, enquanto que na população de origem asiática o problema alcança 90%. Nos afro-americanos, nos índios e nos judeus, bem como nos mexicanos, a intolerância à lactose alcança níveis maiores que 50% dos indivíduos.


Como se desenvolve?

É variável de pessoa a pessoa e de acordo com a quantidade ingerida.

Assim, a maioria dos deficientes de lactase pode ingerir o equivalente a um ou dois copos de leite ao dia, desde que com amplos intervalos e não diariamente. Ainda que minoritários, não são raras as pessoas que, desde pequenas, evitam ou não gostam do leite, mesmo sem se darem conta que são assim porque o leite e derivados lhes faz mal.

Os pacientes percebem aumento de ruídos abdominais, notam que a barriga fica inchada e que eliminam mais gases. Quando a dose de leite ou derivados é maior surge diarréia líquida, acompanhada de cólicas. A queixa de ardência anal e assadura é porque a acidez fecal passa a ser intensa (pH 6,0).

A maioria dos pacientes que só tem intolerância a lactose, não tem evidências de desnutrição, nem mesmo maior perda de peso. Quando isso ocorre, pode haver a associação da intolerância com outras doenças gastro-intestinais.


Como o médico faz o diagnóstico?

1. Frequentemente a intolerância à lactose é sugerida pela história clínica, principalmente quando os dados são definidos e especificamente perguntados.

A diminuição de sintomas após algumas semanas de dieta livre de lactose serve como teste diagnóstico/ terapêutico.

O Teste de Tolerância à Lactose é o usado o Teste Respiratório, tido com o mais sensível e certamente o mais simples dos métodos.

O paciente recebe para beber um copo d'água contendo de 50 a 100 g de lactose e lhe é tirado sangue quatro a cinco vezes no espaço de duas horas. Quando a diferença entre a dosagem sanguínea da lactose de jejum e o pico da curva das demais medidas se mostrar menor de 20 mg%, o teste tem "curva plana" e é considerado positivo, indicando má absorção de lactose nessas pessoas.

Há possibilidade de erro nos diabéticos, entre outros. A ocorrência de diarréia, ainda no laboratório e ou nas primeiras horas a seguir, reforça a conclusão de diagnóstico positivo para intolerância à lactose.

2. Inalação de hidrogênio: este exame mede a quantidade de hidrogênio expirado, que em situações normais é bem pequena. O quadro é diferente quando as bactérias do intestino grosso fermentam a lactose (que não foi digerida) e produzem vários gases, incluindo o hidrogênio, que por sua vez é absorvido e chegando aos pulmões e é exalado. Para fazer o exame, o paciente ingere uma bebida com dose concentrada de lactose e o hidrogênio expirado é medido em intervalos regulares. Níveis elevados de hidrogênio indicam uma digestão inadequada da lactose. Este exame não é indicado para crianças pequenas. Se um bebê ou criança muito pequena manifesta sintomas de intolerância à lactose aconselha-se trocar o leite de vaca pelo de soja e observar os sintomas.

3. Deposição de ácidos : trata-se de um exame indicado para tanto para crianças pequenas e para as mais velhas. A lactose não digerida é fermentada pelas bactérias do intestino grosso e produzem ácido láctico e ácidos graxos de cadeias curtas e ambos podem ser detectados em uma amostra de deposição.

Tratamento da intolerância à lactose

A intolerância à lactose é relativamente fácil de tratar e controlar os sintomas por dietas. No caso de crianças pequenas basta excluir o leite e outros alimentos que contenham lactose.

Já as crianças mais velhas e dos adultos não precisam cortar radicalmente o leite da alimentação, pois a maioria consegue digerir pequenas porções de leite de cada vez. Em boa parte dos casos, estes devem beber no máximo 1 copo de leite (240 ml) de cada vez e toleram bem os alimentos preparados com leite, como bolos, sorvetes e cremes.

Como se trata e se previne?

Uma vez caracterizado o diagnóstico, pode se prevenir novos sintomas não usando leite e laticínios. Usando-os, a prevenção é mediante a tomada de fermento sintético prévia a qualquer ingestão de lactose. Cabe salientar que vários medicamentos, inclusive antidiarréicos e anti-reumáticos contêm lactose no chamado excipiente, ou seja, no pó ou no líquido necessário para poder conter a substância básica num comprimido ou solução; isso é importante quando avaliamos os efeitos indesejáveis referidos pelos usuários.


Cuidando do cálcio

Quando o assunto é cálcio o leite e outros produtos lácteos são a maior fonte deste mineral, essencial para a formação e a manutenção da estrutura óssea. Por isso, não dá para simplesmente excluir este alimento do dia-a-dia.

Em pessoas mais velhas ou de meia idade, a falta de cálcio pode deixar os ossos fracos e frágeis, tornando-os suscetíveis a quebras com facilidade (osteoporose).

Os intolerantes à lactose devem optar pelo leite com baixa lactose ou incluir na dieta habitual outros tipos de alimentos ricos em cálcio. As melhores opções são o queijo, que têm teor muito pequeno de lactose, pois boa parte dela já se transformou em ácido láctico e já não é mais problema. Há outros alimentos que podem contribuir com a necessidade diária de cálcio, mas não são suficientes. São eles: sardinha, bacalhau, nozes, avelã, feijão, couve, amêndoa, grão-de-bico, brócolis e soja.

Alimentos não permitidos
Todos os leites in natura ou em pó de qualquer espécie e todos os produtos contendo leite (exceto o leite sem lactose), tais como sorvete, iogurte, leite condensado, queijo, leite maltado, ovomaltine, alguns cafés instantâneos e bebidas de cacau, manteiga, requeijão, etc.
Sobremesas preparadas com leite; bolos, biscoitos e misturas comerciais, maioneses com lactose, creme de leite, margarinas e molhos contendo leite, embutidos contendo sólidos de leite, sopas comerciais contendo lactose, chocolate e goma de mascar.

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