O que você precisa saber sobre intolerância à lactose. Sinônimos e nomes populares Deficiência de Lactase; alergia ao leite. |
Há pessoas que produzem pouco ou quase nada de lactase, enzima responsável pela digestão da lactose (açúcar do leite). Quando isso acontece há complicações com a dingestão de um volume maior de leite. Mesmo não sendo um quadro perigoso, os sintomas são desagradáveis. A produção da lactase diminui com a idade, por isso a intolerância a lactose é mais comum entre adolescentes e adultos do que em crianças. |
O que é?
É a incapacidade de aproveitarmos a lactose, ingrediente característico do leite animal ou derivados (laticínios) que produz alterações abdominais, no mais das vezes, diarréia, que é mais evidente nas primeiras horas seguintes ao seu consumo.
Como se desenvolve?
Na superfície mucosa do intestino delgado há células que produzem, estocam e liberam uma enzima digestiva (fermento) chamada lactase, responsável pela digestão da lactose. Quando esta é mal absorvida passa a ser fermentada pela flora intestinal, produzindo gás e ácidos orgânicos, o que resulta na assim chamada diarréia osmótica, com grande perda intestinal dos líquidos orgânicos.
Como se desenvolve?
É variável de pessoa a pessoa e de acordo com a quantidade ingerida.
Como o médico faz o diagnóstico?
1. Frequentemente a intolerância à lactose é sugerida pela história clínica, principalmente quando os dados são definidos e especificamente perguntados.
2. Inalação de hidrogênio: este exame mede a quantidade de hidrogênio expirado, que em situações normais é bem pequena. O quadro é diferente quando as bactérias do intestino grosso fermentam a lactose (que não foi digerida) e produzem vários gases, incluindo o hidrogênio, que por sua vez é absorvido e chegando aos pulmões e é exalado. Para fazer o exame, o paciente ingere uma bebida com dose concentrada de lactose e o hidrogênio expirado é medido em intervalos regulares. Níveis elevados de hidrogênio indicam uma digestão inadequada da lactose. Este exame não é indicado para crianças pequenas. Se um bebê ou criança muito pequena manifesta sintomas de intolerância à lactose aconselha-se trocar o leite de vaca pelo de soja e observar os sintomas.
3. Deposição de ácidos : trata-se de um exame indicado para tanto para crianças pequenas e para as mais velhas. A lactose não digerida é fermentada pelas bactérias do intestino grosso e produzem ácido láctico e ácidos graxos de cadeias curtas e ambos podem ser detectados em uma amostra de deposição.
Tratamento da intolerância à lactose
A intolerância à lactose é relativamente fácil de tratar e controlar os sintomas por dietas. No caso de crianças pequenas basta excluir o leite e outros alimentos que contenham lactose.
Já as crianças mais velhas e dos adultos não precisam cortar radicalmente o leite da alimentação, pois a maioria consegue digerir pequenas porções de leite de cada vez. Em boa parte dos casos, estes devem beber no máximo 1 copo de leite (240 ml) de cada vez e toleram bem os alimentos preparados com leite, como bolos, sorvetes e cremes.
Como se trata e se previne?
Uma vez caracterizado o diagnóstico, pode se prevenir novos sintomas não usando leite e laticínios. Usando-os, a prevenção é mediante a tomada de fermento sintético prévia a qualquer ingestão de lactose. Cabe salientar que vários medicamentos, inclusive antidiarréicos e anti-reumáticos contêm lactose no chamado excipiente, ou seja, no pó ou no líquido necessário para poder conter a substância básica num comprimido ou solução; isso é importante quando avaliamos os efeitos indesejáveis referidos pelos usuários.
Cuidando do cálcio
Quando o assunto é cálcio o leite e outros produtos lácteos são a maior fonte deste mineral, essencial para a formação e a manutenção da estrutura óssea. Por isso, não dá para simplesmente excluir este alimento do dia-a-dia.
Em pessoas mais velhas ou de meia idade, a falta de cálcio pode deixar os ossos fracos e frágeis, tornando-os suscetíveis a quebras com facilidade (osteoporose).
Os intolerantes à lactose devem optar pelo leite com baixa lactose ou incluir na dieta habitual outros tipos de alimentos ricos em cálcio. As melhores opções são o queijo, que têm teor muito pequeno de lactose, pois boa parte dela já se transformou em ácido láctico e já não é mais problema. Há outros alimentos que podem contribuir com a necessidade diária de cálcio, mas não são suficientes. São eles: sardinha, bacalhau, nozes, avelã, feijão, couve, amêndoa, grão-de-bico, brócolis e soja.
Alimentos não permitidos
Todos os leites in natura ou em pó de qualquer espécie e todos os produtos contendo leite (exceto o leite sem lactose), tais como sorvete, iogurte, leite condensado, queijo, leite maltado, ovomaltine, alguns cafés instantâneos e bebidas de cacau, manteiga, requeijão, etc.
Sobremesas preparadas com leite; bolos, biscoitos e misturas comerciais, maioneses com lactose, creme de leite, margarinas e molhos contendo leite, embutidos contendo sólidos de leite, sopas comerciais contendo lactose, chocolate e goma de mascar.
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