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Prof. Rodrigo M. Nora
Massoterapeuta
Quiroprático
CRMASSO 110577


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sexta-feira, 13 de junho de 2014

A história e prática da Massoterapia


Um das profissões mais antigas da humanidade.


Uma menina sente uma dor incessante. A mãe ouviu de uma amiga que existe um curandeiro, não muito longe de casa, capaz de curá-la. Um dia, a mãe leva a menina ao curandeiro. Ele faz algumas perguntas e, em vez de lhe dar algo para engolir, pressiona e esfrega vários pontos com suas mãos hábeis. Quando o curandeiro termina, a menina percebe que a dor diminuiu. A mãe paga o curandeiro e elas partem. Um ou dois dias depois, a dor desaparece completamente.

Esses eventos poderiam muito bem ter ocorrido na China 1.000 a.C. Também poderiam ter ocorrido na Índia, pelo menos até o início do século III a.C. O curandeiro em questão poderia ter sido Herodicus ou seu aluno Hipócrates, na Grécia do século V. a.C., ou ainda Asclepíades, que instituiu a prática em Roma no século I a.C. A história também pode ter sido contada frequentemente hoje, graças à redescoberta e ao desenvolvimento da Massoterapia Clínica, o uso da manipulação manual dos tecidos moles para aliviar queixas de dor e disfunção.




A prática da Massoterapia caiu em desuso no mundo ocidental desde o declínio de Roma até o séc. XVIII, quando o Iluminismo renovou o interesse na exploração das fronteiras do conhecimento terapêutico. No começo do séc. XIX, Per Henrik Ling desenvolveu um sistema de massagem e exercícios que foi disseminado por seus seguidores em todo o mundo ocidental nos anos subsequentes. Esse sistema influenciou profundamente o nascimento e o avanço da Massooterapia, e os elementos da massagem tornaram-se o que é conhecido hoje como massagem sueca. Esse tipo de terapia foi continuamente praticado em clínicas especializadas e spas durante o século XX, mas era considerado um luxo disponível apenas para os ricos; não foi acatado como procedimento terapêutico até o ressurgimento gradual da Massoterapia, nos últimos 30-40 anos.

Junto com a Massoterapia, o termo trabalho corporal ou reeducação corporal (bodywork) passou a ser de uso comum. Ele surgiu de duas fontes principais: primeiro, o psiquiatra Wilhelm Reich, discípulo de Freud, pressupôs a expressão da personalidade pela estrutura corporal e formulou a abordagem do tratamento simultâneo do corpo e suas emoções. Seu trabalho teve prosseguimento com Alexander Lowen, no sistema denominado bioenergética. Outros terapeutas, como Ron Kurtz, também atuaram em linhas terapêuticas semelhantes.

Posteriormente, Ida Rolf desenvolveu um sistema que denominou integração estrutural, mas que acabou sendo chamado de Rolfing (marca registrada), em sua homenagem. A abordagem de Rolf enfatiza a reestruturação da fáscia. Quando unimos os termos “massagem e bodywork”, como nome do National Certification Board for Terapeutic Massage and Bodywork (Comitê correntes estão em processo de fusão e muitos terapeutas se consideram herdeiros e praticantes de ambas as tradições. 


Nos últimos dois séculos, duas outras abordagens também contribuíram significativamente com a formulação da Massoterapia Clínica e da reeducação corporal: a Osteopatia e a Manipulação dos tecidos moles desenvolveu-se como uma especialidade clínica que busca aliviar os problemas de saúde por meio da manipulação dos tecidos moles. Muitas práticas Osteopáticas foram incorporadas na Massoterapia com a ajuda de Osteopatas Leon Chaitow. Mais recentemente, a falecida Janet G. Travell, MD exploraram o fenômeno da dor referida dos pontos-gatilho (trigger-points), que são pontos de tecidos moles sensíveis a palpação, a partir dos quais a dor é desencadeada ou irradiada para áreas distantes.


Portanto, em uma época em que muitas pessoas estão buscando algo além dos tradicionais tratamentos de intervenção farmacológica e cirúrgica, a fusão destas múltiplas influências produziu o campo da Massoterapia Clínica, que é um dos mais antigos e, ao mesmo tempo, um dos mais novos campos de atuação dentro das profissões da área da saúde.

A Massoterapia trabalha de acordo com certas suposições, tão evidentes que podem ser consideradas axiomas do campo. O indivíduo global: tudo está interligado e relacionado. Sistemas complexos nada mais são do que mera soma de suas partes, ou seja, por analogia, é fundamental ver a floresta, mas também ver as árvores. Não podemos entender o todo sem conhecer as partes, e estas devem ser examinadas de maneira linear – o terapeuta deve lembrar-se de que cada parte também deve ser vista no contexto do todo. Por exemplo, um paciente com entorse de tornozelo protege a perna lesionada, causando tensão nos músculos do quadril e da coluna lombar. O resultante desequilíbrio do dorso pode afetar os músculos cervicais, provocando cefaléia. Tratar apenas os músculos cervicais não resolverá o problema.

O tecido muscular encurtado pode não funcionar. O tecido muscular funciona pela contração e, portanto, não pode trabalhar se estiver encurtado. Nosso interesse como terapeutas é o tecido patológico ou persistentemente encurtado; em outras palavras, o tecido que encurta, muito provavelmente por motivos de defesa, é incapaz de funcionar e resiste ao alongamento.

O músculo pode ser encurtado ativa ou passivamente. Exemplos de encurtamento passivo Crônico são o do bíceps braquial, que ocorre na colocação do braço em uma tipóia durante o período da consolidação de uma fratura e na posição flexionada dos músculos iliopsoas (flexores do quadril) no bebê que ainda não fica em pé ou anda. O desalinhamento postural sempre envolve encurtamento funcional passivo comum em muitos músculos posturais.

O encurtamento ativo, por outro lado é a contração muscular, que pode ser intencional e, neste caso, implica no trabalho do músculo, ou defensiva, quando representa a resposta do músculo a ameaças de sobrecarga, movimento repetitivo ou alongamento excessivo. Quando uma parte do tecido muscular está contraída desta forma, ela não consegue contrair mais e se torna indisponível para realizar a atividade muscular.

Os tecidos moles do corpo reagem ao toque. Existem muitas teorias que explicam esse fato. Uma das mais persuasivas é que a dor miofacial é causada por um circuito de retroalimentação (feedback) neuromuscular autoperpetuadora, no qual a estimulação por meio do toque interfere, restaurando assim a função normal. Dependendo da escolha da técnica, a intervenção manual nos tecidos disfuncionais interrompe esse processo de feedback, forçando uma certa mudança na resposta neural e, portanto, no funcionamento do tecido afetado propriamente dito. A intervenção pode assumir a forma da compressão isquêmica, do alongamento passivo, do encurtamento passivo ou ainda de qualquer combinação simultânea ou sequencial entre esses.

A Massoterapia Clínica se baseia firmemente nesses três princípios. O Massoterapeuta clínico é aquele que trata os tecidos moles persistentemente encurtados e tenta restaurar sua função natural e indolor por meio do toque, sem deixar de considerar o paciente como um todo.

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