Equilíbrio nos idosos: Porque os idosos caem com frequência?
O equilíbrio: como é mantido?
O equilíbrio corporal é mantido por diversos orgãos e sistemas. Os principais sensores do sistema do equilíbrio estão no labirinto, olhos, músculos, ossos e articulações. Todas essas estruturas mandam informações sobre a posição da cabeça e do corpo para o cérebro que analisa estas informações e faz ajustes para manter um equilíbrio perfeito. O cerebelo também ajuda nessa tarefa. Tudo funciona com muita harmonia, como se fosse uma orquestra.
Como surge o desequilíbrio? O desequilíbrio (tontura) aparece quando as informações não são mandadas corretamente para o cérebro ou quando o cérebro não consegue entendê-las como deveria. Significa que uma ou mais das estruturas responsáveis em mandar e receber informações estão alteradas ou estão em conflito. As doenças e o processo de envelhecimento muito contribuem para o desequilíbrio do idoso.
Como é a tontura? Pode ser uma simples sensação de desequilíbrio, impressão de queda, mudança de rumo, sensação de flutuação, vertigem. A vertigem é um tipo frequente de tontura, a pessoa sente que as coisas giram ou ela gira.
Os diferentes tipos de tontura podem ocorrer em qualquer faixa etária mas é nos idosos que elas são bem mais frequentes e preocupantes por causa das quedas. Nos ambulatórios de clínicas geriátricas a incidência de tonturas atinge 81% a 90% .
Por que os idosos caem? Cerca de 29% dos idosos caem ao menos uma vez por ano e 13% caem de forma recorrente. A lesão acidental é a sexta causa de mortalidade em pessoas idosas. A queda é responsável por 70% dessa mortalidade.
As doenças que acometem os idosos podem ser fatores únicos das quedas ou fatores coadjuvantes das labirintopatias.
Entre as causas que predispõem à quedas , podemos citar as seguintes:
Visão: as causas principais de visão prejudicada são glaucoma, degeneração macular , retinopatia diabética.
Ortopedia: artrite, osteoporose, sequelas de fraturas, anquiloses.
Labiríntica: prevalença das tonturas posicionais, tonturas infecciosas, degeneração progressiva das estruturas labirínticas.
Cardiovascular: problemas circulatórios nas extremidades distais causando neuropatia periférica , baixo impulso vascular cardíaco.
Neurológico: história de acidente vascular cerebral , insuficiência vertebrobasilar, esclerose múltipla.
Endocrinológica: aumento de incidência de diabete trazendo consequências à retina e ao labirinto.
Vida sedentária: vida sedentária leva à obesidade e esta afeta a função do equilíbrio.
Há pessoas idosas que costumam sair pouco de suas casas pelo receio que possam cair. As quedas, porém são mais frequentes justamente em casa e são resultantes de ‘’perigos domésticos’’ como as escadas, os pisos escorregadios, pouca luminosidade e disposição inadequada de móveis. As escadas e o trajeto quarto-banheiro, principalmente à noite, são considerados os de maior risco na moradia. Além da limitação social e física em idosos com tonturas, uma queda pode resultar em fratura. As fraturas podem levar à hospitalização muitas vezes prolongada e de custo elevado.
O "ataque de queda" A maior causa de queda dos idosos é de natureza acidental: cair das escadas, tropeçar num tapete, escorregar num assoalho encerado, etc. Mas outro tipo de queda pode ocorrer nos idosos: o “ataque de queda’’ ou sincope postural. Os ataques de queda são súbitos, não acidentais, sem nenhum sinal ou sintoma pregresso de queda. A pessoa simplesmente cai (desaba) e se dá conta que está no chão. Em geral resultam em lesões (fraturas, ferimentos, hematomas, contusões ) de maior ou menor gravidade.Os casos de ataques de queda ou sincopes posturais são atribuídos a uma hipotensão ortostática com momentâneo déficit circulatório cerebral, acompanhados de perda temporária da consciência.
Como prevenir e tratar tonturas e quedas nos idosos? Enquanto alguns fatores de risco para as quedas não podem ser mudados, como o envelhecimento, outros podem ser eliminados ou reduzidos através de orientações de prevenção a pacientes e familiares:
- Estar ciente dos objetos e móveis existentes na casa e suas localizações;
- Evitar escadas;
- Eliminar objetos e móveis desnecessários;
- Mover-se devagar;
- Usar iluminação de orientação;
- Evitar bebida alcóolica;
- Evitar o uso de roupas folgadas e longas que possam enganchar em objetos ou móveis;
- Eliminar tapetes que possam deslizar ou dobrar;
- Estar atento aos animais domésticos, seus brinquedos e recipientes com água;
- Colocar roupas ao fácil alcance, evitando bancos ou escadas;
- Usar calçados bem adaptados aos pés. Evitar chinelos, pantufas, etc. pequenos ou folgados.
Tratamento: O tratamento inicia com uma retomada das condições orgânicas e psiquicas da pessoa idosa:
Os medicamentos precisam ser revistos quanto aos tipos, quantidades e doses. Uma avaliação da condição visual, neuro-psicológica, cardio-vascular, metabólica, endócrina, ortopédica é necessária. A atividade física (aeróbica e anaeróbica) precisa ser exercida pelo paciente idoso, seja na academia, seja com educador físico personalizado. Os medicamentos anti-vertiginosos são usados nos casos de crises agudas de tonturas e cabe ao médico monitorar as doses e tempo de uso. O tratamento cirúrgico está indicado em casos específicos (tumores, insucesso de tratamento clínico).
Como a tontura do idoso evolui ? O tratamento médico e as medidas preventivas de quedas trarão uma melhor qualidade de vida ao idoso, oferecendo-lhe maior segurança nas suas atividades diárias.
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